sábado, 13 de novembro de 2010

MARTE

Formações geológicas indicam “recente” clima quente em Marte

Uma nova pesquisa liderada por um cientista britânico indica que Marte teve um clima significativamente mais quente no seu passado recente do que acreditava-se anteriormente. A pesquisa, patrocinada pelo Conselho de Instalações Científicas e Tecnológicas do Reino Unido (STFC) e publicada nas Cartas de Ciências Terrestres e Planetárias, é uma boa notícia na nossa missão para encontrar vida em Marte, já que as chances de organismos que podem ter vivido em tempos mais quentes estarem ainda vivos debaixo da superfície do planeta são maiores se o período desde um clima mais quente em Marte for menor.
Através da observação de formações no solo marciano, cientistas descobriram evidências de um recente clima quente em Marte.
Dr. Matthew Balme, da Universidade Aberta, fez as novas descobertas estudando imagens detalhadas de formações de terra equatorias que se formaram através do derretimento de solos ricos em gelo. O trabalho dele indica que a superfície Marciana sofreu ciclos de descongelamento a apenas 2 milhões de anos atrás, e que Marte não esteve trancado em uma condição de congelamento por bilhões de anos da forma que cientistas acreditavam.
As imagens de alta resolução, que mostram uma variedade de formações de terra interessantes, foram tiradas pelo instrumento HiRISE (High Resolution Imaging science Experiment) da NASA, que está a borto da missão Mars Reconnaissance Orbiter (MRO).
Dr. Matthew Balme diz, “As características desse terreno foram antes interpretadas como sendo resultado de processos vulcânicos. As imagens incrivelmente detalhadas do HiRISE mostram que as características foram na verdade causadas pela expansão e contração do gelo, e pelo descongelamento de solo rico em gelo. Isso sugere um clima muito diferente deste que vemos hoje.”
Todas as formações observadas estão em um canal, que antes pensava-se estar ativo a 2-8 milhões de anos atrás. Já que as formações existem dentro, e passando através das feições pre-existentes do canal, isso sugere que elas também foram criadas neste período.
As imagens mostram superfícies com padrões poligonais, canais ramificados, destroços e estruturas em forma de cones. Todas essas características são similares a formações em áreas da Terra onde terreno congelado está derretendo.
Dr Balme diz, “Essas observações demonstram não só que havia gelo perto do equador Marciano nos últimos milhões de anos, mas também que o gelo derreteu para formar água líquida e então congelou novamente. E isso provavelmente aconteceu por vários ciclos. Já que água líquida parece ser essencial para vida, esse tipo de ambiente pode ser um ótimo lugar para procurar evidências para vida em Marte.”
Professor Keith Mason, CEO do Conselho de Instalações Científicas e Tecnológicas do Reino Unido (STFC), diz, “Essa nova pesquisa revelou mais sobre Marte e providenciou fantásticas evidências de processos geológicos parecidos com os da Terra. A história do nosso planeta vizinho, e a pergunta sobre possível vida em Marte fascinou o homem por muito tempo. Entender os processos atuais da superfície de Marte e o papel passado e presente do clima melhora nossa sabedoria da história do planeta, e desta forma melhora as chances de um dia podermos detectar evidências para vida passada ou presente. Cientistas britânicos estão envolvidos em vários estudos diferentes sobre Marte, que estão ajudando a pintar uma imagem completa desde misterioso planeta.

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